Mas tem muita gente que também vive do mar, ou melhor, das ondas! Encontrei a história de uma família de Zarautz - País Basco, norte da Espanha - que lembra muito a de uma outra família de Fortaleza. Os bascos criaram a Pukas e os cearenses criaram a Pena. As duas empresas tem muito mais em comum do que o surfe e o espírito familiar...A Pukas nasceu no final dos anos 60 com Iñigo Letamendia, como uma fábrica de prancha. Alguns anos depois sua mulher Marian se une ao projeto e a Pukas começa a entrar no segmento da moda "surfwear".
A Pena nasceu no começo dos anos 70 com Raimundo Bernardo Neto - o Pena - e o seu objetivo de transformar sua prancha monoquilha em uma biquilha. Logo se unem seus irmãos Petrônio e José Rubéns e nasce uma fábrica de pranchas. Com a integração de suas duas irmãs Ligia Maria de Sousa Tavares e Brígida Maria de Sousa Frazão, a Pena por sua vez entra no segmento "surfwear".
Mas as coincidências entre cearenses e bascos não param aí. Faz poucos dias o cearense Heitor Alves venceu o San Miguel Pro Zarautz, ASP-6 estrelas. O vice-campeão era um atleta Pukas, o francês Tim Boal.
Destaque para outros dois brasileiros, Willian Cardoso e Gabriel Medina, ficaram em terceiro lugar. Foi uma espécie de "vingança" pela vitória do basco Aritz Aranburu - também atleta Pukas - no ASP-6 estrelas em Florianópolis, em maio desse ano. O time da Pukas, além de Boal e Aranburu, conta também com Gabriel Medina, Adriano de Souza (Mineirinho), o português Tiago Pires e o campeão mundial de 2000, Sunny Garcia.
A Pena e a Pukas se destacam também pelo apoio e atenção que dão aos surfistas mais jovens, desde escolinhas a patrocínios individuais e em competições.
Prova disso é que um dos nomes mais cotados para ser campeão europeu júnior é o francês Ramzi, de 16 anos e atleta Pukas.
A Pukas tem uma relação especial também com Léo Neves, uma espécie de piloto de teste, com o qual gravou um vídeo do brazuca utilizando um modelo especial de prancha, desenvolvido pelos shapers da Pukas.
Finalizo desejando tudo de bom a família Pena, em especial a "dona" Brígida, Heuller e Neto.
Timótheo Batista
