13 de novembro de 2008

Efeitos da Crise Financeira

Olá a todos.
Bom acabei de voltar de Saturno...hehe brincadeira, apenas meu PC que estava apresentando defeitos, nada que um litro de álcool e um isqueiro não desse jeito.
Bom vamos ao que interessa, há algum tempo venho juntando notícias e comentários sobre a crise financeira e seus efeitos no esporte e principalmente no patrocínio, vou tentar resumir a situação, lembrando ao caros leitores que tratando-se de economia a realidade muda a cada minuto.

De onde vem?
Todos sabem, bolha imobiliária americana e seus títulos podres espalhados pelo mundo.

Efeitos no mundo do esporte
Onde bateu mais forte esta crise com certeza foi no futebol inglês, onde muitos donos de times são investidores, a ameaça de diminuição verba de patrocinadores como a AIG (o principal do Manchester United e que também não renovou contrato com a equipe norte-americana de tênis, deixando a marca de fora da Copa Davis), o custo dos altos investimentos em contratações, construções e melhorias em estádios, contribuíram para um cenário um tanto caótico na questão financeira das equipes da Premier League e as ofertas de vendas aumentam. O Liverpool já adiou a construção do novo estádio, Manchester City já foi negociado nessa temporada, o Newcastle está a procura de um novo "dono" e há rumores que o Portsmouth será comprado por uma mineradora sul-africana, a Central Rand Gold, segundo a imprensa britânica o investimento seria de 70 milhões de libras. Mas quem parece estar em pior situação é o West Ham, além de perder seu patrocinador de camisa (a companhia de viagens XL faliu em setembro) os negócios de seu dono estão sob risco de falência.
Fora do campo a crise atingiu em cheio a Nascar, que depende muito dos patrocínios privados, que chegam a 80% do orçamento anual de uma equipe.Ainda no automobilismo o banco RBS parceiro da Williams na F-1 está em risco de falir e aguarda socorro do governo britânico, e não se descarta reduções de custo em várias equipes.
Grandes organizadores dos eventos mais importantes do esporte andam pisando em ovos, após o governo sul-africano garantir a Copa do Mundo de 2010, mas liberando cerca de US$ 726 milhões para cobrir estouros do orçamento, a FIFA anunciou um seguro de US$ 650 milhões para as copas de 2010 e 2014.
Outro evento, os Jogos Olímpicos de Londres, também foram salvos, o governo britânico injetou 95 milhões de libras esterlinas, e também devem receber apoio de empresas privadas.
Por aqui em tempos de crise quem se deu mal foi o Flamengo, que negociava com a Petrobrás uma cota de patrocínio record no Brasil de R$ 20,2 milhões, mas ainda vai ter que negociar muito para não acabar perdendo os R$ 16,2 Milhões.
Outro afetado foi a candidatura do Rio de Janeiro para os jogos Olímpicos de 2016 que subiram em 10% segundo a Folha de São Paulo.

E agora José?
Depois de expor dívidas de grandes clubes, assustar os organizadores de Londres-12 e ameaçar contratos de equipes de Fórmula 1, a crise, após os inúmeros pacotes financeiros de vários países, parece ter diminuído, mas ainda acredito que onde há crise existem também oportunidades, a força do marketing esportivo, tão afetado nessa crise, ainda é muito grande.
Ué mais foi afetado pela crise como ainda é forte?
Bom, discordando novamente do professor do Timótheo, a tão almejada fidelidade dos clientes, é fato concreto no mundo dos esportes, principalmente nos de massas, caso do futebol exemplo claro é o Corinthians, que mesmo na Série B tem o maior patrocínio do país e arrecada muito com ações voltadas para o seu torcedor, fanático e FIEL.
É ai que entra uma boa gestão de marketing, buscando alternativas criativas para a crise.

Abraço
Bruno Valverde