
A dúvida está semeada em vários campos, desde capacidade de hospedagem até o prazo de finalização dos estádios. É difícil acreditar que o planejado vai sair do papel! E não estou sendo pessimista, tem uma lista de gente bastante capacitada que também está desconfiada.
O engenheiro José Bernasconi - presidente da regional paulista do Sindicato de Arquitetura e Engenharia (Sinaenco-SP) - já mudou seu discurso. No fim de 2009 em entrevista à revista Valor Especial, Bernasconi estava ansioso para ver o leilão do trem-bala, a construção da arena de São Paulo e a modernização dos aeroportos, dentre outros avanços.
Já no começo desse mês, ele mudou a linha, já afirma que o legado deixado pelos eventos serão menores pois perdemos muito tempo. O que é verdade, não foi feito o leilão o trem-bala, os aeroportos não foram reformados e a cidade de São Paulo continua sem estádio. A presidente recentemente anunciou um pacote de reformas e privatizações para alguns aeroportos, mas pode ser tarde demais, até porque o cronograma ainda não foi divulgado.
Agora a arena de Itaquera é que será realmente um problema.

Só para finalizar o tem estádios, hoje o Comitê Organizador Local (COL) fez um circuito pelos estádios de Palmeiras e São Paulo e no centro de treinamento do Corinthians, eles viram com os próprios olhos para onde está (ou não) indo a verba destinada a Copa-2014. As obras da arena de Itaquera deveria começar em março, mas o prefeito de São Paulo - Gilberto Kassab - afirma que as obras não começarão antes de maio. Haja demora! Só espero que em cima da hora não se repita a desorganização do Pan do Rio-2007, que custou R$ 3,7 bilhões, 9 vezes mais do que o orçamento inicial e 12 vezes mais caro do que o Pan de Winnipeg-1999 e Santo Domingo-2003 (revista Valor Especial Maio 2010).

Timótheo Batista